Gergin Ginecologia

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Cigarro, gravidez e seu bebê

Pessoal,

Já me preocupava em alertar gestantes sobre os riscos do cigarro antes de ser mãe, por conta da minha profissão, mas agora essa preocupação ficou ainda mais intensa.

Essa semana uma atriz foi flagrada fumando grávida. É claro que isso é péssimo, mas apenas julgá-la não resolve.

É preciso entender que muitas pessoas, isso inclui mulheres grávidas, tem muita dificuldade em deixar o cigarro.

Durante o pré-natal, muitas vezes é preciso fazer uso de medicações para que a gestante consiga ficar sem fumar. Cabe a mãe querer, é claro, cabe a obstetra informar os riscos do cigarro e as possibilidades de tratamento e cabe às pessoas que gostam dessa gestante e do bebê que está por vir, incentivá-la positivamente a parar de fumar com a ajuda médica.

E depois que o bebê nasce não podemos esquecer dos riscos do fumo passivo que ele estará exposto se não ficarmos alertas. É preciso conscientizar familiares e amigos que convivem com o bebê a não fumarem no ambiente que ele está. Isso é prova de amor!

Para quem não leu, segue link de uma coluna que escrevi para Revista Caras em janeiro sobre o tema.

http://www.caras.com.br/edicoes/899/textos/28250/

domingo, 24 de abril de 2011

Amamentação em público

Que sou fã e incentivadora do aleitamento materno não é novidade. Mas sempre tive um pouco de pé atrás com a amamentação em público, nada contra as mães, mas sempre achei que não me sentiria à vontade em exercer minha função de mamífera com platéia.

Até agora estava tranquilo porque ficávamos mais em casa, mas começa a fase de sair, de voltar aos poucos a ter vida social e o bebê não deixa de ter fome só porque a gente resolveu sair.

A primeira vez, em pleno parque do Ibirapuera, depois de uma corrida com o Pedro no carrinho, a primeira depois de 11 meses parada, coloquei- o no Sling para ver se acalmava e aguentava chegar em casa, mas não teve jeito e eu saquei o peito no meio da pista de corrida e fomos  “caminhando e mamando ”. Sobrevivi!

A segunda vez foi no shopping Ibirapuera, pleno sábado à tarde com a “tia Ju”. O berreiro da fome é tão irritante (no sentido de ter que fazer alguma coisa urgente) aos ouvidos de uma mãe, pelo menos aos meus, que antes que eu pudesse perceber já estava no meio do quiosque do Rei do Mate, aquele em frente às lojas Americanas (para quem conhece o shopping, sabe o quanto é movimentado), com o Pedro no peito sem a menor cerimônia.

Depois dessas duas situações resolvi tomar uma atitude para que eu pudesse me sentir tão feliz em público quanto fico em casa durante as mamadas. Descobri esse acessório que nos deixa coberta, mas com contato visual com o bebê e inaugurei esse fim de semana durante uma festa de casamento. Senti-me mais tranquila e pude curtir o momento como se estivesse na minha poltrona, o que é super importante para o bebê.

Cada mulher reage de um jeito, o mais importante é assumir o que nos incomoda e buscar soluções, porque assim conseguimos seguir em frente com prazer!

Uma feliz Páscoa a todos!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gestação pós- data – até quando esperar?

Olá pessoal,

Agora que o Pedro já está crescidinho, fará 3 meses essa semana e é só sorrisos! Resolvi voltar a assuntos sobre a gestação. Sempre haverão temas a serem abordados e peguei gosto por esse blog, graças ao carinho de todos que lêem, muitos que comentam por aqui ou me escrevem e-mails com perguntas, sugestões e elogios.

Hoje resolvi escrever sobre um tema que ainda gera muitas dúvidas, a contagem da idade gestacional e até quando devemos esperar para o bebê nascer.

 E aí embaixo uma fotinho minha da gestação...já sinto saudades dessa barriga!

A grande confusão da idade gestacional está no fato de o público leigo contar em meses e nós médicos contarmos em semanas. Daí quando começo um pré-natal e explico que a gravidez tem 40 semanas, o casal já faz as contas e diz “mas se são 9 meses, 40 semanas dividido por 4 semanas  =10 meses?”. A questão é que nós começamos a conta a partir da data da última menstruação, portanto conta-se o mês antes do atraso menstrual e as pessoas começam a contar quando descobrem a gravidez, ou seja, já estão grávidas há um mês.

Definido isso, já sabemos que a gravidez dura 40 semanas, mas pode se prolongar um pouco mais. O prazo máximo é 42 semanas. Mas hoje em dia, cada dia mais tentamos evitar esse extremo porque começam a haver mais riscos que benefícios depois das 41 semanas.

Quais riscos?
  • A placenta já está envelhecida e é por ela que o bebê recebe oxigênio para respirar e nutrientes para se alimentar.  Essa entrega pode ficar abaixo do ideal e o bebê pode apresentar sinais de sofrimento fetal e até mesmo morrer se não for identificado o problema a tempo.
  • O bebê, por já estar maduro, pode fazer cocô na barriga. O problema é que se não for identificado logo, ele pode “respirar” o líquido com o chamado mecônio e ter problemas pulmonares graves.
  • O líquido também pode diminuir bastante e isso é um sinal de que as coisas podem não estar boas lá dentro.
  • O bebê pode chegar a um peso exagerado, dificultando o parto.
 O que fazer?

Todos já devem estar cansados de ler isso, mas vou continuar insistindo: o mais importante é ter um bom acompanhamento pré-natal. Assim no finalzinho da gestação, as consultas serão mais frequentes e a qualquer sinal de alteração a médica poderá intervir sem prejuízo para mãe ou o bebê.

A partir do fim do oitavo mês até as 40 semanas, as consultas costumam ser semanais e depois das 40semanas, em geral, é preciso ser avaliada a cada dois dias com exames que avaliam a vitalidade do bebê. 

A qualquer sinal ruim, o médico indica a resolução da gestação.

Isso não significa necessariamente um parto cesárea, pode-se, dependendo da situação, induzir o parto normal com medicações. Enfim, o importante é ter confiança na sua obstetra, para discutirem no momento, o quanto querem esperar dentro das possibilidades, os riscos e benefícios disso e a melhor solução.
Isso não quer dizer adiantar o parto por capricho ou escolher data de cesárea sem qualquer indicação, acredito que deva sempre imperar o bom senso, a natureza é sábia e costuma dar sinais quando chega a hora certa.

Depois é só curtir o momento mágico do parto e tudo que vem depois!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Novo texto no Portal Minha Vida

Pessoal, com a volta ao trabalho,o Pedro com a corda toda e babá doente, estou em dívida com o blog.
Peço desculpas, mas já estou terminando um novo post que será sobre....surpresa!hehehe

Por enquanto, um assunto importante para todas as mulheres, independente de gravidez, na minha coluna do Portal Minha Vida, segue o link:

http://www.minhavida.com.br/conteudo/13132-Corrimento-vaginal-pode-indicar-doencas-infecciosas-e-ate-DSTs.htm

Abraços a todos!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Retorno ao trabalho

Olá pessoal!

Estou muito feliz, pois essa semana comecei a voltar para meus trabalhos externos. Isso porque continuei com as colaborações para mídia, acompanhando as questões administrativas da Clínica e também algumas pacientes gestantes, então, praticamente não parei totalmente nem um pouco.

Fui à Clínica ver algumas pacientes e o Pedrão foi junto!Claro, fez o maior sucesso.
E na próxima semana voltarei a trabalhar em um dos meus empregos em que faço histeroscopia (exame em que colocamos uma câmera dentro do útero, pela vagina, para ver problemas como pólipos e miomas) e também exerço uma função acadêmica, em um curso de especialização para outros médicos. Estou muito animada, mas também preocupada e receosa, afinal deixar o pequeno para trás, mesmo que por algumas horas é muito sofrido, né?

Algumas de vocês devem estar se perguntando e fazendo contas: “Mas o Pedro não está só com 2 meses??”. Sim! Mas, como profissional liberal, não tenho licença maternidade como quem trabalha em empresas. Sou super a favor do aumento da licença maternidade de 4 para 6 meses, facilita muito a continuidade do aleitamento materno e da formação dos laços entre mãe e bebê. Mas nós médicos, em geral, temos diversos empregos. Somos empresários no consultório particular, empregados em alguns hospitais, professores, voluntários e estudantes nas universidades, etc. Então, em resumo, voltarei aos poucos e estarei trabalhando 100 % no segundo semestre. Pelo menos, é esse o planejamento inicial.

E o aleitamento??Acho que esse é o principal questionamento. Em meu caso, como voltarei aos poucos, apenas algumas horas e só alguns dias da semana, conseguirei conciliar o horário das mamadas com o trabalho no hospital e levarei o bebê para Clínica para amamentar entre as consultas.

E com quem deixar??Ah, esse é sempre um problema! É difícil, mas temos que fazer concessões, independente da escolha que fizermos. Sejam as avós, babás, creches, escolinhas...ninguém fará tudo como nós, mas é preciso ser tolerante, porque é algo necessário e,se for alguém de confiança, é o que importa.
Independente da rotina de cada uma de nós, acredito que o mais importante é curtir cada momento e não se lamentar pelos horários que estaremos trabalhando, afinal a felicidade é um mix de fatores. Na vida moderna, a maioria das mulheres já não se realiza só como mãe ou só como profissional. Então, vou me dedicar a cada função de corpo e alma! E tenho certeza que assim, o Pedro terá muito orgulho da mãe dele no futuro!!!