Gergin Ginecologia

Gergin Ginecologia

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tem coisa que é melhor saber antes de precisar

Oi pessoal,

As últimas semanas tem sido bastante agitadas, Pedrinho comendo papinhas no almoço e jantar, muita novidade, a cada 3 dias em média introduzo um novo alimento e sexta-feira foi dia de aspargo!

Passei o dia na Clínica Gergin e quando estava há 2 quarteirões de casa a Maria, babá do Pedro liga e pergunta se eu já estava chegando, disse que sim, achei um pouco estranho, porque eu havia falado com minha mãe, que também estava com o Pedro, há poucos minutos. Ao chegar em casa, não sei de quem era a pior cara...Olhei para o Pedro e ele estava praticamente desfalecido. Minha mãe contou que ele acordou vomitando do cochilo e já havia vomitado duas vezes.

Naquele momento passaram mil coisas pela minha cabeça de médica NÃO pediatra que sou e mãe de primeira viagem.

Resolvi dar o peito, já que o lanchinho estava atrasado 30 min, ele pareceu aceitar, meio sonolento e ainda pálido, mas minutos após  2  grandes vômitos em jato. Que cena horrível! Que medo!

Liguei para o pediatra e para o pai e a resposta foi: "corre pro PS!"

Só que " Corre pro PS!" em São Paulo, sexta -feira às 17h, não é tão simples assim para quem não tem um helicóptero!

E nesse momento percebi que tem coisa que é melhor saber antes de precisar:


Qual PS? Nessas horas a gente precisa de algo bom e rápido, então resolvi levar para o São Luiz Itaim, tinha impressão que lá não tinha PS infantil, mas marido e pediatra apoiaram a decisão e pra lá fui com um bebê mal... 30 min depois, confirmei minha suspeita, nada de PS pediátrico e agora?? Pedi o carro pro manobrista que disse que demoraria porque já tinha ido pra garagem e teria que dar a volta no quarteirão.

 Quando o carro chegou, resolvi atravessar a cidade e ir para o Einstein, onde sabia que poderia ser atendida e onde o nosso pediatra trabalha, mais 40 min...até que foi rápido...fui falando para minha mãe prestar atenção se o Pedro se mantinha respirando já que depois de 10 min já não conseguia mantê-lo acordado.

Ao chegar, entrei pela entrada mais longe do PS sem querer, já não conseguia raciocinar, corri com o Pedro no colo sem nem olhar muito pra ele, quando cheguei para a enfermeira da triagem disse meio gritando" meu filho está passando mal, está quase desmaiado!!", foi quando olhei pra ele e o pequeno sorria pra mim com as bochechas mais rosadas do mundo!

Ufa! Nesse momento quem quase desmaiou fui eu... de alívio, lágrimas escorreram pelos rostos das três: eu, Maria - a super babá que nem hesitou quando perguntei se ela podia ir junto pro hospital, mesmo atrasando seu horário e a Vó Maria Altair. Mesmo assim, passamos por consulta e o Pedro estava ótimo, ficou a hipótese de intoxicação pelo aspargo.

Mas a lição mais importante que tirei disso tudo foi que é preciso descobrir quais hospitais em São Paulo têm PS infantil que o nosso convênio ofereça cobertura ou se você não tem convênio, onde é o PS infantil público mais próximo. Porque na hora do desespero não sobra tempo pra pensar nessas coisas, é preciso ter isso a mão, assim como o documento do bebê e a carteirinha do convênio dele.

E quanto ao aspargo...não vai entrar no cardápio de novo tão cedo, né?

Obrigada as Marias da minha vida!

Abraços

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estímulo ao aleitamento materno nas empresas

Olá pessoal,

Essa semana estou na maior correria, só para variar! Minha licença maternidade do hospital e maternidade onde dou plantões acabou e voltei feliz porque realmente gosto do trabalho com as gestantes, mas com o coração pequenininho de saudade do Pedro por ficar mais de 12 h longe dele.

O Pedro já está com quase 7 meses, já está se alimentando com frutas e papa salgada, mas continuo com o peito também. Então nos dias que vou para os hospitais preciso tirar leite. E surgem as dificuldades. Fiquei me perguntando como deve ser para outras mães nos diferentes tipos de empresas por esse Brasil a fora.

Digo isso porque tive problemas para tirar leite dentro de uma maternidade em que há uma super campanha para que as pacientes e as funcionárias amamentem e tirem leite depois que voltam da licença para seguir com o aleitamento até os 2 anos. O frasco não estava bem esterilizado, tive que desprezar quase 300 mL de leite.

Já no outro hospital, que não é maternidade, ou seja, não tem banco de leite, levei minha própria bomba, meus frasquinhos, mas não há um local adequado para retirar o leite e muito menos local para armazená-lo até a hora de ir embora transportando em minha bolsinha térmica com meus "geloques". Tirei o leite na sala de uma enfermeira que fez a gentileza de me deixar lá e depois deixei o leite dentro da geladeira da copa  do conforto médico do centro cirúrgico. Não são condições ideais para o leite do bebê.

Em resumo, vou continuar insistindo porque sou teimosa e sei da importância disso para o Pedro. Mas não dá para julgar quem desiste nessas condições, né?

A maioria das empresas ainda dá apenas 4 meses de licença maternidade e a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Sáude recomendam 6 meses de aleitamento exclusivo. Isso já não bate!! Mas se as empresas dessem condições para as mães tirarem seu leite durante o período de trabalho, isso com certeza faria com que as mães voltassem menos infelizes para seus trabalhos e rendessem muito mais. Além do ganho para os bebês!!

Não é tão difícil assim, uma pequena sala limpa, com cadeiras e mesinhas de apoio e um freezer já seria suficiente, se a empresa pudesse investir um pouco poderia comprar ou alugar bombas para as mães não precisarem levar de casa e contratar uma profissional de saúde com experiência na área para orientar as mães. Mas se não, as mães poderiam levar de casa e esterilizar em esterilizador de microondas, como se faz em casa. Cada vez que vamos tirar leite perdemos no máximo 30 min.  E a satisfação que nos dá, nos faz render muito mais como profissionais!

Enfim, gostaria de ouvir depoimentos sobre mães que tiveram dificuldades ou que tenham tido uma boa experiência desse sentido.

Abraços!