De luto por mais uma mãe de família vítima da violência doméstica

Oi Pessoal, 


Hoje mais um caso de violência me deixou arrasada e revoltada. A amiga da minha funcionária doméstica foi assassinada à facadas pelo ex-marido. Deixou 3 filhos aos 26 anos de idade, de acordo com minha ajudante.


Como mulher, como ginecologista e como ser humano comum, já dá para ficar com muita raiva, mas quando penso como mãe aí "o bicho pega"! A revolta é enorme, penso no que será dessas crianças, que futuro, com um pai dessa categoria, sem mãe e ainda com esse trauma?!


Fui atrás de alguns dados sobre violência doméstica e achei esse trabalho super bacana:



PESQUISA INSTITUTO AVON/IPSOS: PERCEPÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA A MULHER NO BRASIL 2011







http://www.institutoavon.org.br/wp-content/themes/institutoavon/pdf/iavon_0109_pesq_portuga_vd2010_03_vl_bx.pdf

E desse trabalho copiei alguns dados abaixo. Lá tem muito mais informação interessante, vale a pena!



• 80% dos  homens   e  mulheres   entrevistados  apontam  como  violência 
doméstica os  diversos   tipos  de  agressão  física  sofridos  pela mulher 
no âmbito  familiar  – do  empurrão at é  atos  extremos  que culminam 
em  sua morte.


• 62%  relacionam  violência a agressões  verbais , humilhação, 
falta de respeito,  ciúmes, ameaças .


• 59% dos   entrevistados  declararam  conhecer  alguma mulher  que 
já  sofreu agressão  (65% das  mulheres  e  53% dos  homens ) . 
Desses  59%,  63%  fizeram algo para ajudar,   sendo que  as 
mulheres   entrevistadas   foram mais  proat i vas   com as   vítimas . 


• Entre  os  37% que  não  fizeram nada,  a principal   justificativa  foi 
o  entendimento de  que  não deveriam  interferir   (13% das  mulheres 
e  28% dos  homens ).


Estou cansada de atender mulheres espancadas, estou cansada de ler sobre isso todos os dias nos meios de comunicação...então aproveitando o fim de ano, em que a gente sempre pede que coisas boas aconteçam, peço menos violência, peço que a gente não fique calada se tiver a oportunidade de tentar ajudar uma vizinha, uma amiga, familiar, ou mesmo uma desconhecida qualquer, para que em 2012 menos "Marias" morram ou sejam violentadas de quaisquer forma.




Que descanse em paz...

Rabanada sim, exagero não!

Olá Pessoal,


Amanhã já é Natal!!Esse ano voou, esse talvez tenha sido o ano mais intenso da minha vida até hoje. O Pedro veio como meu maior tesouro, mas algumas situações muito tristes como o assassinato dos meus tios em um assalto, a descoberta da doença celíaca na minha vida e o avanço da doença demencial da vovó tornaram 2011 um ano que vai sem deixar saudades...


Mas como aqui é um espaço para  a saúde! Seja com boas novidades sobre o Pedrinho, seja com dicas para uma gravidez saudável, resolvi escrever sobre um assunto que nenhuma mulher gosta muito...a balança!!!


Muitas mulheres acabam aproveitando a gravidez para descuidar dos cuidados com alimentação, ainda mais nessa época do ano, com tantas delícias à mesa. Mas isso é um grande erro. Porque o ganho excessivo de peso durante os nove meses pode ter influência negativa para o bebê e também para a mamãe, durante a gestação e para o resto da vida dos dois.

Há boas evidências de que o peso pré-gestacional materno e  o ganho de peso na gestação são fatores importantes na determinação do peso de nascimento do baby.Por sua vez, o peso ao nascer tem um grande impacto nas taxas de mortalidade neonatal, e também parece afetar a saúde dos nossos pimpolhos ao longo da vida, incluindo seu peso adulto.

 Como exemplo, baixo peso ao nascer, pode influenciar os riscos futuros da criança de desenvolver diabetes, hipertensão e doença cardiovascular.

Ganho excessivo de peso materno durante a gravidez também pode ser um precursor da obesidade da mamãe depois da gestação, além de diversos problemas ao longo dos 9 meses, como a préeclampsia, diabetes gestacional e com isso maiores riscos como trabalho de parto prematuro, entre outros.

Gente, não é pra me xingar! 

Sei que devem estar pensando ao ler esse post:

" Não tinha dia pior pra escrever sobre isso?!Bem na véspera da ceia de Natal?!"

Mas a idéia é exatamente lembrar as futuras mamães que devem pegar leve! Lembrem-se de mim  e desse post quando pensarem em comer a segunda rabanada e sejam fortes resistindo as tentações!hehehe  

Quem não tem restrições alimentares, pode comer de tudo, mas com cautela!A regra de comer a cada 3 horas continua valendo, então não deixe de ingerir frutas, sucos durante todo o dia.

Ah, e claro! Nada de bebidas alcoolicas, né?

Queria também aproveitar para agradecer cada uma de vocês que acompanha o blog e que me escreve e-mails e comentários com dúvidas, dicas ou simplesmente elogios! Quem me conhece sabe o carinho que tenho por esse espaço. A vocês meu muito obrigada!! 

Desejo a vocês e suas famílias um excelente Natal! Muitas realizações para 2012, com gestações saudáveis para quem está tentando engravidar! Com mais tempo para ficar com os pequenos para quem já tem filhos! 

E continuamos nos vendo por aqui...

Grande abraço

Ser neta, ser filha, ser mãe...

Olá Pessoal,


Hoje estou com o coração apertadinho! Nada com o Pedrinho, este está ótimo!!!Enorme! Com um monte de dentes nascendo...


Minha avó materna, Dona Ana, tem 95 anos e é portadora de Mal de Alzheimer, a doença já está avançada e nos últimos 10 dias ela piorou de maneira gritante. E aí, hoje tirei a manhã para visitá-la e receber a nova cuidadora, já que sou eu quem gerencia essas funcionárias. Tive um choque, não ía lá há uns 15 dias e a encontrei apática, sem qualquer reação...fiquei conversando com ela mesmo sem qualquer resposta, lembrando de tantos momentos bacanas que passei com ela, ou só em sua casa com primos e tios, passei seu batom ( ela sempre foi muito vaidosa), arrumei seus cabelinhos brancos, troquei sua blusa do pijama por um casaquinho...e fiquei ali contando histórias de mãos dadas com ela. Não sei se essas atitudes fizeram mais bem a ela ou a mim...Só depois do meio dia ela abriu os olhinhos e até ganhei um sorriso


E isso me fez refletir e por isso o post, que antes de sermos mães dos Pedros, Julias, Marias Eduardas, Joaquins...somos filhas e muitas, como eu, ainda tem o privilegio de serem netas. Muitas vezes, na correria da nossa maternidade, esquecemos disso e deixamos de lado essas incríveis relações familiares, que acredito serem tão importantes quanto as com os filhotes. Mais que isso, dar a oportunidade aos nossos filhos de conviver, brincar e aprender com seus avós e bisavós é maravilhoso!

A Dona Ana teve 6 filhos e criou mais 2, sempre foi uma gerreira, cuidou do meu avô Juquinha que viveu 8 anos com sequelas de múltiplos derrames cerebrais, sem deixar que ele tivesse nenhuma escara (feridas por ficar muito na mesma posição). E hoje é ela que precisa de cuidados, mais que cuidados, que poderiam ser dados por qualquer profissional da área, ela precisa e merece todo o carinho que puder receber dos filhos, netos e bisnetos...E graças a Deus, ela tem o mérito de ter construído uma família linda e pode contar com cuidados diários de duas das suas filhas (minha mãe e minha madrinha) e semanalmente ou sempre que precisa dos demais familiares que vivem em São Paulo.


Essa estrutura me conforta, porque envelhecer não é o problema, o difícil é envelhecer só...e isso a Dona Nanã não está!!